Podereis ver que não estou preso a ti; contudo, apenas não me consegui desligar de ti.
Restam em nós resquícios do prazer em noites de lua cheia. Serias tornado o lobo mau por uma noite, para brindarmos ao passado, que fora terminado sem horas. Todavia, não foras quem eu havia procurado, foste quem foi encontrado para usufruto e gasto de energias do meu insano corpo. Não és mais tu que me relembras o acontecido, é a memória do acontecido que trata de me relembrar de ti. Quem esquece são os fracos. Os fortes, pois, lembram e relembram e não se inquietam.
Mas, porque sou uma mariposa sedenta de desejo, queimada pela proximidade do fogo do sol, tornei-me cego por esse mesmo desejo. Em outras palavras, pela possibilidade, apenas pela existência de uma ínfima possibilidade, de o tornares realidade.
Mas não o haveis feito e me questiono por questões que me transcendem a mim próprio, que nem eu sei como procurar uma resposta, sequer.
Será hoje uma despedida da memória tomada pela retoma do teu ser?
Será hoje uma despedida da memória tomada pela retoma do teu ser?
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