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15/02/11

Ideais revolucionários

E se nos tornássemos egípcios durante um dia?
Não quero ferir susceptibilidades nem nada do género, mas acho que deveríamos nos revoltar contra este regime ao qual estamos sujeitos diariamente. É certo que não vivemos numa sociedade cujo poder está centralizado numa só pessoa, tal como no Egipto, mas vivemos numa grande crise económica (e talvez ainda de mentalidades, mas isto é outra história) e, hoje em dia, quem não tem grandes posses já não vive; tenta sobreviver apenas. É disto que falo: uma espécie de revolução para tentar mudar tudo isto. Embora talvez sejam os meus ideais meio revolucionários a falar, temos que nos juntar todos para mudar esta situação! Não estou minimamente satisfeito com estas politicas e com este governo. Mas, pelos vistos há quem goste: um quarto da população. Sim, depois de eu ter pensado, cheguei a conclusão que talvez um quarto da população esteja contente com este governo e que quer que ele permaneça. De todos os eleitores, apenas 50% votaram e, destes 50%, metade dos votos foram para que o regime continuasse tal como está, o que perfaz um quarto dos eleitores. Talvez, seja só eu (e pouco mais, pelos vistos) que não estou nada satisfeito. 
Mas, para quem ainda não percebeu onde quero chegar, façamos as contas:
O salário mínimo mal chega aos 500€;
Daqui tiramos 200€ (pelo menos) para a renda da casa;
Outros 150€ para despesas de gás, electricidade e gás;
Sobram 150€. E destes 150€ como é que este alguém que ganha o salário mínimo nacional compra ainda comida e os bens essenciais dos quais necessita diariamente? É que o pão já custa mais de um euro, bens de primeira necessidade aumentaram bastante com este aumento do IVA para 23%.
É claro que este alguém que recebe o salário mínimo nacional pouco mais consegue fazer do que simplesmente sobreviver!
E o que podemos fazer? Arranjar governantes que saibam o mínimo de história (sim, porque se aprendem com os erros do passado, ou devia), de economia e de gestão. Parece-me que estes políticos só sabem receber ordenados chorudos. Assim, para eles é fácil falar. Penso que não sejam assim todos eles, mas é a ideia que tenho da grande maioria.
Talvez sejam os meus ideais meio revolucionários a falar simplesmente porque acho que vamos de mal a pior, porque o fosso económico entre as classes mais ricas e mais pobres é cada vez maior, porque já perdi a esperança num país que não tenha nada para oferecer, mas que, mesmo assim, temos que nos sujeitar diariamente ao mesmo. 

Ok, fui muito chato hoje, mas tal como Pessoa, "perdi a esperança como uma carteira vazia" neste governo (e governantes!). 

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Diamantes.

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