Por incrível que pareça, sei perfeitamente tudo. Está tudo gravado na minha memória, até ao mais ínfimo pormenor. Cada passo. Cada sorriso. Cada palavra. Cada beijo. Cada carícia. Cada olhar. Cada pormenor. Cada vez que me esquecias. Cada vez que te lembravas de mim. Cada vez que me ignoravas. Cada vez que eras tu a dizer "adoro-te". Cada vez que estávamos juntos. Cada vez que os nossos olhares se cruzavam. Cada despedida. Cada vez que nos voltávamos a ver. Cada vez que sentia a tua pele. Cada vez que sentia a tua respiração. Cada vez que me abraçavas. Cada vez que te abraçava. Cada vez que nos abraçávamos. Cada vez que me fazias rir. Cada vez que me fazias sentir especial. Cada vez que estava triste e me acalmavas. Cada vez que ouvia a tua voz. Cada promessa. Cada vez que sentíamos que o mundo era nosso. Cada vez que falávamos. Cada vez que discutíamos. Cada vez que fazíamos as pazes. Cada vez que nos perdíamos no tempo. Cada vez que éramos só nós os dois.
A tarefa de esquecer tais momentos, de apagá-los a longo prazo da minha memória revela-se transcendente à força da minha própria vontade. Os meus verdadeiros desejos (já) não correspondem à minha vontade.
Sem comentários:
Enviar um comentário