(...) A espaça de aço duro e frio penetrou um corpo já ferido, novamente na mesma ferida - o coração. E agora, permanece este corpo ferido no chão de madeira, com o sangue a esvair-se da sua carne e sendo absorvido pelas tábuas podres que o rodeiam. A espada cravada no jovem peito fora esquecida de lhe ser retirada, deixando a sua vida à escolha dos Deuses, ao acaso da sorte. Já nada garante a sua (curta?) sobrevivência. É então, que alguém da penumbra, surge, pronto para ditar o destino daquele corpo já moribundo. Será o princípio do fim ou o fim do princípio? O corpo, quase fulminado e bastante frio, começa a dar sinais de si ao sentir o calor emanado pelas mãos quentes daquele alguém. Vim-te salvar, ainda te amo. O corpo apercebera-se de quem era, o coração acelerou o seu ritmo, mas não foi o suficiente. Incapaz de repor o sangue perdido, já absorvido por aquele chão de madeira e totalmente trespassado pela dura espada, os olhos fecharam-se. Mas antes, eu também te amo. (...)
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