Tu, ser tão dotado de inteligência, deixaste dominar por sentimentos que desconheces. Deixas que eles se apoderem de ti. Perdes a inteligência, sentes apenas a ganância de possuíres aquilo que queres e amas. Perdes a lógica desse teu mundo que já deu mil e uma voltas de 360º, que te vão deixar sempre no mesmo lugar, num coração que já dominaste e que agora mal reconheces, mas continua a ser o teu apetecido e sórdido desejo. Continuas assim. E é assim que vai ser sempre. Não reconheces já o que desejas, apenas o desejas, apenas por desejar, porque foi assim que foste aprendendo. Vives bem com isso, agora. E depois? Desejas possuir, novamente, algo que já foi teu, em fases de maior lucidez. Agora estás num estado de precariedade eterna, sem forças para lutar contra um passado completamente inabalável que continua presente num futuro a longo prazo. Deixas que as chamas do medo te queimem totalmente, sem que disso possas reclamar. Mas não é isso que quereis. Transpiras a ância fugaz de momentos perdidos no tempo, um tempo teu, somente teu e que imaginas pertencer a mais alguém. Mas é nestes momentos do efémero, que a rapidez com que a vida corre, não te dá margem de fuga. É agora ou nunca. Corre. Foge. Entrega-te à vida. Ama. Vive. Sorri. Esquece. Volta a amar. Volta a sorrir. Volta a viver. Vida? Donde a viste? De cima do enorme penhasco preste a cair ou do cimo da montanha de neve, na qual se cais, formas o então efeito bola de neve? Demasiado tarde agora para tão penosos pensamentos.
Badoxaa
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