O tempo corre e eu não te vejo. Nem sequer em flashes. Nunca percebi porque não ficaste; não eras este o lugar ao qual dizias pertencer? Vagueio pelos ruas na vontade de te encontrar. Sento-me em frente ao rio e fumo um marlboro red, calmamente, apenas para fazer tempo, numa tentativa, ainda que falhada, de te ver... a sorrir. Dizem-me que não te volto a ver novamente. Pedem-me para me auto-perspectivar e perceber qual o meu erro. Penso não ter errado em nós - apenas em ti. Aguardo o momento e deixo fugir tudo o resto pelos meus dedos. Quando dou por mim, corro. Mas é demasiado tarde para agarrar o que perdi, melhor, o que me deixei perder. Gostaria de dizer que me deixei perder em ti, mas algo assim é demasiado óbvio. Na realidade, deixo-me perder nas saudades de imaginar algo por inteiro, de te ter.
Ando mais um pouco, paralelamente ao rio, e sento-me num outro banco. Acendo mais um marlboro red e penso no mesmo - será que alguma vez o deixei de fazer? É, agora, desleixo meu. dizer que te vejo ao fundo, logo depois de uma árvore; não estás sozinho, mas estou convicto que não seja nada mais senão uma miragem.
Afinal eras tu. E no fim de contas, já não me preocupava se eras tu. Foi nesse momento que percebi que um broken smile que me cativa é melhor que um simples sorriso que me havia prendido. Levanto-me do banco quase de pedra e corro. Vou correr atrás do que julgava perdido e que espero não ter pedido.
Cheguei. E O sorriso foi o suficiente. Entrei e fiquei. Prometi não voltar a partir. Convenceram-me a não desistir de diamantes.
Acendi o último marlboro red da noite e adormeci, quer dizer, adormecemos.
Apenas a-d-o-r-o *
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