Às vezes gostava que fosses uma droga, que eu te pudesse comprar, queimar-te, desfazer-te, enrolar-te e fumar-te. Só para sentir, cada vez que quisesse, os efeitos que terias em mim. Era assim que queria no principio. Agora, a história é outra. Nem preciso de te ter ao meu lado, 24 horas por dia para sentir os efeitos nocivos que tens em mim. Tem-los à mesma, à mínima palavra e muitas vezes à falta delas. Devo dizer agora que és o meu vício; que és a minha droga; que és o meu mau hábito; e que és o velho bom costume, que se tornou agora mau. Mas serás sempre o meu bom velho vício, volvido mau.
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